No ano de 1717, Dom Pedro de Almeida e Portugal passou pela Vila de Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, com destino a Minas Gerais.
A Câmara local logo se empenhou em receber tão ilustre autoridade, tratando de preparar um banquete à altura da importante visita.
Três pescadores locais – Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso -- foram convocados para trazer muitos peixes para o convidado e sua comitiva.
Os pescadores lançaram várias vezes a rede nas águas do rio Paraíba, mas ela retornava vazia.
Em uma outra tentativa, para a surpresa dos homens, foi encontrada, envolvida na rede de pesca, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, faltando-lhe a cabeça.
Jogaram a rede pela segunda vez, resgatando a cabeça da imagem de cor escura.
De certo modo, a saída das águas da imagem no rio Paraíba relembra o batismo, da mesma maneira que os cristãos saem da pia batismal para a vida cristã.
A imagem de Nossa Senhora Aparecida surgiu numa época em que o Brasil vivia sob o jugo da escravidão.
Nesta aparição extraordinária, a Virgem Maria desejava mostrar que os escravos deveriam ser libertados desta injustiça social.
Depois disso, milagrosamente, a pesca tornou-se abundante no rio Paraíba, conseguindo os pescadores encher suas redes e suas canoas com peixes.
A partir de então, a imagem foi chamada “Aparecida”, por Ter “aparecido” nas águas do rio.
Em 1745, foi erguida uma pequena capela nessa região, dando origem à cidade de mesmo nome.
Padroeira do Brasil desde 1929, sua Basílica se encontra na cidade de Aparecida do Norte, no Estado de São Paulo. Mais de seis milhões de brasileiros visitam-na todos os anos no dia 12 de outubro, data da sua comemoração.
Em 8 de setembro de 1904, a imagem foi coroada, e em 1929, Pio II a declarava “padroeira do Brasil”. (Monica Buonfiglio)
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